Raigan A Batalha das Joais

1. O Inicio da Guerra

Tudo estava destruído. Destroço de casas e prédios pegando fogo por todos os lados. Milhares de pessoas corriam desesperadas fugindo de figuras encapuzadas das mais diversas cores. Bolas de fogo, terremotos, relâmpagos, furacões, enchentes e sombras surgiam das mãos desses seres. Mais seres trajando capuz surgiram e atacaram o que estavam ali presentes. Círculos de cores azul, vermelha, marrom, preto e roxo surgiam ao redor deles antes de atacarem. Alguns possuíam colares que brilhavam quando os círculos surgiam, outros possuíam anéis que também brilhavam e outros possuíam braceletes que brilhavam ao surgirem os círculos. De repente esferas luminosas, semitransparentes de cores brancas surgem entre eles e arrancaram as jóias e somem da vista de todos.
            O dia estava simplesmente maravilhoso. A brisa fresca tocava levemente seu rosto enquanto andava de bicicleta. Pâmela pedalava rapidamente pela rodovia movimentada de carros, motos e pedestres que corriam de um lado para o outro. Logo mais a frente, a garota pode avistar uma grande construção lotada de crianças e adolescentes com o murro feito de grades de ferro e com uma placa bem grande em letras garrafais escrito: IEPO (Instituição de Ensino Paulo Oliveira). Pâmela possui apenas 10 anos. Tem 1,56, cabelos logos de cor castanho, olhos castanhos escuros e personalidade forte. Ao chegar ao portão principal foi recepcionada por seu melhor amigo da escola Lucas, um garoto de 14 anos com cabelos encaracolados que por causa de um acidente de carro tinha que andar de muleta.
            - Oi Lucas! Tudo bem? – saudou a garota dando um beijo no rosto do amigo.
            - Tô Levando! Encontrei uma coisa ontem e na hora do recreio eu lhe mostro. – disse Lucas enquanto caminhavam para a escola.
            Cada um foi para sua sala e antes que percebessem o sinal da merenda tocou. Lucas se encontrou com Pâmela e sugeriu irem para trás da escola, um lugar que não houvesse muita gente. Ao chegarem Pâmela foi logo perguntando:
            - O que foi que você encontrou ontem?
            Lucas tirou do bolso da calça um anel de ouro e um colar com dois pingentes um com formato de esfera e o outro no formato de uma pimenta.
            - Isso aqui! Lembra da tempestade que deu ontem? Pois é! Eu achei isso no meu quintal e não é só isso. Olha o que esse anel é capaz de fazer!
            Lucas colocou o anel no dedo e disse: ativar campo. Um círculo surgiu ao seu redor e começou a soltar uma nevoa baixa de cor roxa. O garoto fechou a mão com o anel e fez surgir um ser encapuzado de roxo com a face igual à de Lucas. O garoto ordenou: choque.
            O ser que surgira fez um movimento com a mão caindo de cima para baixo e um raio atingiu e estraçalhou uma árvore que estava a poucos metros de distancia. Pâmela apenas olhava abismada o fato ocorrido.
            - Como você fez aquilo? – perguntou a menina sem querer acreditar no que seus olhos acabaram de presenciar.
            - Não sei! Tente fazer isso com o colar, eu tentei fazer mais eu não conseguir. – disse o garoto entregando o colar para Pâmela.
            - Estás doido? Isso pode ser perigoso. É melhor você parar de usar esse anel também. – disse Pâmela jogando o colar no chão.
            A garota sentiu um desconforto no pescoço e ao olhar percebeu que o colar estava nela. Inúmeras vezes ela jogou o colar, mas sempre voltava a aparecer no seu pescoço.
            - E agora o que é que eu faço? – perguntou cabisbaixa.
            - Use o poder do colar! – disse Lucas.
            Pâmela concordou de má vontade. Afastou-se um pouco de Lucas e disse:
            - Ativar .campo
            O pingente em formato de pimenta brilhou e um circulo surgiu e dele emanava uma neblina azul. O colar se desprendeu de seu pescoço e se quebrou restando apenas o pingente no formato de esfera flutuando um pouco mais a frente de seu rosto. A garota pegou o pingente e jogou no chão e dele saiu água e da água surgiu uma figura com capuz azul com a face igual à de Pâmela.
            - Ataque simples. – disse a garota fechando os olhos e respirando fundo.
            O ser esticou os braços e fez surgir mui volumosa água e a jogou com grande força no murro de grades de ferro que chegou a quebrá-lo.
            Um vulto negro surgiu de repente e envolveu Pâmela e Lucas. Os dois sumiram do terreno da escola. Surgiram em uma espécie de caverna. Estava mal iluminada, pois a única fonte de luz era uma vela e perto dela se encontrava uma pessoa de costas para os dois.
            - Olá! Meu nome é Baltazar e os trouxe aqui porque vocês dois possuem uma coisa que pertence ao meu mundo. – O rapaz virou-se. Era alto e sua pele morena. Possuía poucos cabelos e sua face estava marcada por uma cicatriz próxima ao queixo.
            - Não sabemos sobre o que o senhor está falando! – disse Pâmela timidamente.
            - As jóias que possuem pertencem ao meu mundo. Sentem, vou explicar melhor. – disse Baltazar mostrando dois pequenos bancos. Sentaram-se.
            - Como eu já disse às jóias que vocês dois possuem pertencem ao meu mundo. Minha terra natal chama-se Megrez e as jóias que usamos, no caso o anel, o colar e o bracelete, são chamados de raigans. Os raigans são capazes de invocar poderes além da imaginação e o usuário primário é que dar a forma aos raigans. Por causas dessas jóias nosso reino entrou em decadência e isso nos levou a ruína. Em último recurso, nosso líder chamado de Simon tomou as jóias de todos os habitantes e os espalhou por todo o universo. Tenho que garantir que elas caiam em boas mãos, caso o contrario, a Terra será destruída. Por isso eu pergunto a vocês que querem aceitar a árdua tarefa de me seguir e achar as outras raigans. Topam?
            - Tudo está meio confuso na minha cabeça, e eu tenho minha vida social, uma família, não posso sair por ai procurando essas tais jóias! – disse Pâmela convicta.
            - Que família você possui? Quando alguém que não é Mereguiano se uni a uma jóia, a história é instantaneamente escrita sem que essa pessoa tenha existido, já que a jóias não pertence a esse mundo. O único jeito de fazer tudo voltar ao normal é me ajudando. Topam? – perguntou Baltazar estendendo a mão.
            - Não é possível! Que loucura. Não estou entendendo mais nada. Mais se para recuperar minha vida de volta, eu aceito. – disse Lucas apertando a mão de Paulo.
            - Eu também aceito! – disse Pâmela.
            - Ótimo! Agora vocês vão descobrir um mundo diferente de tudo o que já viram. Será luta sobre luta, medo sobre medo, desespero sobre desespero, mais a recompensa no final será grande. Vocês aceitaram e agora não terão como voltar atrás. Bem vindos ao incrível mundo dos raigans.

Um comentário: